Eu belisco a minha perna pra saber se é de verdade. Me arranho e fico louco pra você arranhar. Olhe as marcas nas minhas costas, deixe mais, deixe as suas, só as suas. Tira as minhas cicatrizes e me abra feridas novas. Me ensine a rezar, a dançar, a não fingir. Me faz rir, gargalhar, lembrar depois, rir de novo.
Quem é você? Como assim? Por que agora? Não te permiti, menos ainda te impedi. O que eu tô fazendo? Já era pra eu estar em casa, perto do conforto, longe dessa perna que meu deus do céu.
Tô virado, não me desvira. Tô, sei lá, vidrado. Deve ser seu olho. Quem te mandou? Você é um voodoo. Certeza. Vou me apaixonar por alguém que nem é de verdade.
Eu disse ‘vou’?
Fábio Chap – escreve para o http://fabiochap.wordpress.com/
Beijooooooooo